InícioViolênciaLíder indígena é assassinado na porta de casa em aldeia de MS

Líder indígena é assassinado na porta de casa em aldeia de MS

Um líder indígena da etnia Guarani-Kaiowá morreu neste domingo (28), na aldeia Taqueri, em Coronel Sapucaia (MS), após ser baleado na porta de casa. Lúcio Ximenes, de 48 anos, era vice-cacique e, conforme a polícia, foi assassinado por um homem que estava em uma motocileta com placa estrangeira. Ninguém foi preso.

Familiares relataram aos policiais que Lúcio estava na frente de casa quando o homem se aproximou e perguntou se a vítima vendia gasolina. Após receber resposta negativa, o criminoso sacou a arma e disparou contra o vice-cacique.

A família também disse que a morte pode ter sido motivada por dívidas, já que Lúcio tinha débitos com vendedores ambulantes, incluindo um de origem paraguaia.

O criminoso fugiu após os disparos e não foi encontrado. O caso foi registrado como homicídio simples.

A Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) emitiram nota de repúdio e lamentaram a morte do líder indígena.

Veja a íntegra:

“Manifestamos nosso mais profundo repúdio ao brutal assassinato de uma vice-liderança do povo Guarani Kaiowá, ocorrido dentro de seu próprio território, na Aldeia Taquaperi. Este ato de violência extrema representa não apenas a perda de uma liderança fundamental para sua comunidade, mas também um grave ataque aos direitos dos povos indígenas, à vida, à dignidade e à autonomia territorial.

É inaceitável que lideranças indígenas continuem sendo silenciadas pela violência, mesmo em seus territórios tradicionais, que deveriam ser espaços de proteção, respeito e garantia de direitos. A impunidade alimenta novos crimes e perpetua um cenário de insegurança e injustiça contra os povos originários.

Diante desse crime, exigimos respeito ao povo Guarani Kaiowá, a apuração rigorosa dos fatos, a responsabilização dos autores e mandantes, e justiça imediata. Reafirmamos que nenhuma vida indígena é descartável e que a defesa do território é um direito legítimo.

Nossa solidariedade à família, aos parentes e a toda a comunidade da Aldeia Taquaperi. Seguiremos firmes na luta por justiça, memória e pela garantia dos direitos dos povos indígenas.

Respeito e Justiça já!”

Fonte: G1 MS

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