A Universidade da Maturidade (UMA), núcleo da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), celebrou na última semana a formatura de quase 90 alunos dos cursos de Educador Político-Social no Envelhecimento Humano e Gestor de Projetos em Educação Intergeracional, ambos com três semestres de duração. A cerimônia, repleta de simbolismo, celebrou uma geração que segue ativa, curiosa e determinada a conquistar novos espaços.
Madrinha da UMA, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) participou do evento e ressaltou a importância da iniciativa diante do avanço do envelhecimento populacional no Estado. Segundo o Observatório da Cidadania de MS, em 2025, 14,2% dos sul-mato-grossenses terão 60 anos ou mais, percentual que continuará crescendo nos próximos anos.

“A UMA é um orgulho para Mato Grosso do Sul e um divisor de águas no Brasil quando falamos em envelhecimento ativo, educação ao longo da vida e inclusão. Eu me emociono a cada formatura, porque sei que aqui reencontramos o entusiasmo, o brilho no olhar e a certeza de que nunca é tarde para sonhar. Sou grata por ser madrinha deste projeto transformador e reafirmo meu compromisso para que ele siga crescendo e mudando vidas. De todos os programas que acompanho na área da maturidade, a UMA é, sem dúvida, o mais eficiente, inovador e inclusivo do país”, destacou.
Educação que transforma vidas
Criada com a missão de promover educação ao longo de toda a vida, a UMA é um espaço de convivência intergeracional, pesquisa gerontológica, estímulo à autonomia, bem-estar, empreendedorismo e participação ativa na defesa de políticas públicas para pessoas idosas. As atividades práticas são realizadas em parceria com o curso de Turismo da UEMS, envolvendo cerca de 50 acadêmicos e fortalecendo a troca entre diferentes gerações.
Desde 2023, o programa recebeu mais de R$ 1,33 milhão em emendas parlamentares, recursos essenciais para sua expansão e qualificação.
A relevância da UMA se reflete em histórias como a de Irene Santos Rodrigues, que, prestes a completar 70 anos, encontrou no programa uma nova forma de viver a maturidade com energia renovada.
“Tenho muita alegria e vontade de viver. A UMA nos mostra que envelhecer não é sinônimo de parar, muito menos de morrer. Nossa população está envelhecendo, e precisamos seguir no mesmo pique, com garra, como quando enfrentávamos a escola de samba. Aqui formamos uma grande família, unindo juventude e terceira idade, aprendendo juntos”, relata Irene, profissional da área da saúde e defensora de direitos no campo.
Referência em envelhecimento ativo
Para o coordenador da UMA/UEMS, professor Djanires Lageano Neto, a senadora Soraya se tornou a principal referência no Estado quando o tema é envelhecimento saudável, inclusivo e participativo.
“A UMA tem impacto profundo na vida de centenas de pessoas e caminha para expandir suas atividades a mais municípios em 2026. O projeto envolve jovens do curso de Turismo, promove inclusão digital e amplia oportunidades de convivência e aprendizado. Todos vamos envelhecer, e iniciativas como esta mudam completamente a perspectiva sobre a maturidade, que durante muito tempo foi invisibilizada”, afirmou.
Atualmente, a UMA atende alunos de 48 bairros de Campo Grande e mantém um núcleo em Dourados, com forte participação das etnias Terena, Guarani e Guarani-Kaiowá. A iniciativa também inicia suas atividades em Jaraguari, onde irá atender a comunidade quilombola.
Inscrições para 2026 já estão abertas
As pré-inscrições para as turmas de 2026 estão disponíveis no site da UEMS. A procura é intensa, e já há lista de espera.


