O corpo de Rodrigo Pereira Viana Cespedes, de 38 anos foi encontrado na manhã desta quarta-feira (19) dentro de uma cova rasa no Residencial Mário Covas, em Campo Grande. A Mãe da vítima, que terá o nome preservado,conhecido pelos apelidos Alemão e Paraguai, reconheceu o filho.
A ação começou após a Polícia Militar receber denúncia anônima informando que uma mão estaria exposta no chão entre a Rua Paca, popularmente chamada de Betóia, e a Rua Paulo Ubiratan. O denunciante acreditava que a chuva do dia anterior teria descoberto um possível corpo.
Conforme consta no boletim de ocorrência, a viatura foi enviada ao local e, durante as buscas, os policiais relembraram que no dia 15 de novembro já haviam sido chamados para verificar uma denúncia semelhante. Naquele dia, a informação repassada era de que um homem apontado como responsável por um ponto de venda de drogas na Rua Paulo Ubiratan teria matado o tal Alemão após acusá-lo de estuprar uma usuária de drogas. Na ocasião, nada foi encontrado.
Agora, com a nova denúncia, as equipes fizeram uma varredura mais profunda na mata. Depois de aproximadamente quarenta minutos, encontraram uma cova improvisada, vegetação remexida e uma mala parcialmente enterrada. Dentro dela estavam as pernas do cadáver.
Outras equipes relataram que, no dia 16 de novembro, viaturas também haviam ido ao mesmo ponto por causa de outra denúncia semelhante e nada foi localizado naquele momento.
Com a movimentação policial, a mãe da vítima chegou à mata e contou que, no sábado anterior, um homem não identificado bateu em sua porta para avisar que Rodrigo havia sido morto no Mário Covas. Sem saber o nome do visitante e tomada pela desconfiança, ela registrou ocorrência na Polícia Civil no dia seguinte.
A mãe de Rodrigo, muito abalada, comentou: “Eu vou esperar sair tudo certinho, a documentação. Quando liberarem, eu dou entrevista. Eu explico tudo quando receber a documentação. Eu já entreguei a identificação dele para a polícia”.
A reportagem apurou que Rodrigo tinha diversas passagens por furto, além de violência doméstica, desobediência, perseguição, violação de domicílio e abandono de incapaz.
Investigação
Na manhã de hoje, a delegada Karolina Souza Bernardes, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) informou que Rodrigo estava em avançado estado de decomposição e que havia sinais sugestivos de tortura. De acordo com a perícia, ele tinha um cinto no pescoço e outro amarrando as mãos. Outros objetos também foram recolhidos, mas não tiveram detalhes divulgados.
O corpo estava escondido dentro do matagal, atrás de um conjunto de apartamentos. O mau cheiro denunciava a existência da cova mesmo antes das equipes se aproximarem. A perita Nathalia Sandim autorizou a remoção do corpo para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
A reportagem apurou que uma pessoa chegou a ser presa na mesma região, mas a polícia ainda não confirmou relação direta com o crime. Em meio aos barracos espalhados pela mata, nenhuma testemunha apareceu até o momento. A investigação segue aberta, e a suspeita inicial é de que Rodrigo tenha sido morto após ser acusado de estuprar uma usuária de drogas.
Matéria: Campo Grande News


