InícioFronteiraMembro de quadrilha milionária do tráfico é preso em Ponta Porã

Membro de quadrilha milionária do tráfico é preso em Ponta Porã

Integrante de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que utiliza portos brasileiros para transportar carregamentos ilícitos principalmente para a Europa foi preso ontem, em Ponta Porã. A ação faz parte da Operação Helix, que visa desarticular a organização criminosa milionária.

Em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos 10 mandados, entre prisão e busca e apreensão. Cinco deles em Ponta Porã, efetuando a prisão; dois em Campo Grande; dois em São Gabriel do Oeste; e um em Dourados.
Além de MS, os estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais também foram alvos da operação, que cumpriu no total 10 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Federal (PF) de Londrina, diversos bens móveis, como carros e helicópteros, e um imóvel vinculado à quadrilha foram confiscados. Os bens são avaliados em mais de R$ 30 milhões.
Apenas os helicópteros apreendidos na operação são da marca norte-americana Robinson Helicopter, que podem ser encontrados à venda no mercado por preços a partir de R$ 3,5 milhões.

Em imagens divulgadas pela PF, é possível ver dois modelos, o R44 Raven e o R66 Turbine. Esse último foi considerado o helicóptero monoturbina mais acessível do mundo em 2020, com um preço médio de R$ 5 milhões.

De acordo com o site da marca, os modelos têm capacidade de carregar 371 kg e 416 kg, respectivamente, contando com piloto, passageiros e bagagens.

OPERAÇÃO HELIX

A Operação Helix também bloqueou contas bancárias de pessoas e empresas envolvidas e contou com o apoio jurídico e policial do Paraguai, por intermédio da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e do Ministério Público paraguaio, já que a droga saía de uma fazenda no país vizinho e entrava no Brasil pela fronteira de Mato Grosso do Sul.

A Polícia Federal também informou que houve a tentativa de cumprimento de mandado de prisão no país vizinho.

De acordo com os agentes, a droga era transportada em helicópteros até o interior de São Paulo e Paraná e depois seguia para portos como o de Santos e Paranaguá, para então ser enviada para fora do País, principalmente para a Europa.

Na operação, foram apreendidos nove helicópteros e um caminhão, que eram usados para o transporte da droga proveniente do Paraguai, além de 2.270 kg de cocaína. A PF não divulgou os valores de venda da droga.

OPERAÇÃO DOWNFALL

A ação de ontem é uma extensão da Operação Downfall, realizada há uma semana e que também visava desarticular a organização criminosa responsável pelo tráfico internacional de drogas.

Na Operação Downfall, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Estado, sendo dois em Campo Grande e quatro em Dourados. Os estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro também foram alvos da ação.

Na semana passada, além da prisão de 28 integrantes da organização criminosa, apreensão de 5,2 toneladas de cocaína e bloqueio de bens, valores existentes em contas bancárias e aplicações financeiras em mais de R$ 1 bilhão, a operação também descobriu um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia empresas do setor imobiliário de Santa Catarina.

Segundo os agentes, os criminosos compravam imóveis de luxo com dinheiro em espécie, sem comunicar os órgãos competentes. Além disso, algumas empresas do ramo imobiliário catarinense são suspeitas de realizar negócios fraudulentos ou não declarados, que foram custeados com recursos do crime.

De acordo com a polícia, a organização tinha diversos núcleos, entre os quais pessoas que atuavam apenas na parte operacional e integrantes que faziam a contabilidade da quadrilha, tendo em vista que eram movimentadas grandes quantias de dinheiro.

HELICÓPTERO

O uso de helicópteros para transportar drogas do Paraguai para o Brasil é uma prática recorrente dos criminosos. Em outubro de 2021, um helicóptero caiu em Ponta Porã transportando 246 kg de cocaína pura, advindos do Paraguai.

Na ocasião, dois jovens, de 20 e 24 anos de idade, morreram carbonizados após a queda da aeronave. De acordo com o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), na época, o clima e o nevoeiro que havia no horário do voo dificultaram a visualização do piloto em relação ao terreno.
O helicóptero colidiu violentamente com o solo de uma plantação de soja.

A aeronave voava de maneira clandestina, a baixa altura, na tentativa de fugir dos radares. A Polícia Federal não informou se há relação das operações de combate ao tráfico internacional de drogas realizadas neste mês de maio com a queda desse helicóptero em 2021.

 

Fonte: Correio do Estado

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