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Capitão da PMMS preso por denunciar homofobia será subcomandante de batalhão de Campo Grande

O capitão da PMMS preso por denunciar homofobia dentro instituição, por parte de colegas de farda e de um superior hierárquico, tenente-coronel, será subcomandante do 10º Batalhão. Além disso, a transferência dele e do alvo das denúncias – este, para a equipe montada da cavalaria –, já estava prevista “dentro do planejamento estratégico”, segundo a PMMS.

Quanto à conclusão do inquérito, a assessoria de imprensa afirmou que, de acordo com o Código de Processo da Polícia Militar, o prazo é de 40 dias, “quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data e que se instaurar o inquérito” – o que se aplica ao capitão.

Diferente do capitão, o tenente-coronel que o prendeu após ele supostamente “virar as costas”, ainda foi nomeado para cargo de confiança, com acréscimo de R$ 2.370 em seu salário.

Denúncias

A prisão ocorreu durante uma reunião em que mais dois militares foram convidados a participar, sendo que o capitão havia afirmado que não falaria de nada que fosse além do trabalho. O advogado do capitão, Anderson Yukio, disse ao Jornal Midiamax que o seu cliente não deu as costas para o superior quando recebeu a voz de prisão por insubordinação.

“Ele nem chegou a levantar da cadeira quando o coronel mandou prendê-lo”, disse o advogado. O capitão havia feito uma denúncia junto ao MPM (Ministério Público Militar) contra seu superior pelo crime de homofobia, e, segundo o advogado, mesmo com o caso em segredo, havia boatos na seção onde o militar trabalhava sobre a denúncia, o que teria provocado a reunião com o coronel.

Em uma das situações em que já havia denunciado outros dois militares à Corregedoria, o capitão teria ouvido que “tinha Aids” por ser homossexual e, na segunda situação, teria sido alvo de “brincadeiras” em razão de seu corte de cabelo, de forma preconceituosa, conforme denunciou.

As datas das denúncias não foram informadas pela defesa. Contudo, a ofensa feita pelo coronel que o prendeu teria sido a ‘gota d’água’ para levar a denúncia ao MPM. “As ofensas não eram frequentes, mas essa com certeza não foi a primeira vez”, afirma o advogado.

Ainda segundo o advogado, após as primeiras ofensas, o capitão teria ficado “mais introspectivo” e evitava conversar com seus colegas de corporação. “Como ele já tinha sofrido com isso, estava menos tolerante a esses tipos de brincadeiras”. A defesa relatou que não foi aberto nenhum processo administrativo contra o capitão após o suposto descumprimento da ordem.

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